Saramago, 100

Marina Morgan
1 min readJan 12, 2023

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16/11/2022

Essa foto é de 2014. Eu tinha acabado de sair da Casa dos Bicos, em Lisboa, onde funciona a Fundação José Saramago.

Apesar de um pouco distante, acho que dá pra perceber o sorriso que estampava meu rosto na ocasião. Eu estava eufórica, tinha conhecido um pouco mais sobre esse escritor cuja obra me toca de uma maneira diferente. Tinha acabado de descobrir, também, que ele e Jorge Amado, outro homem das palavras que eu adoro, tinham sido amigos e trocado cartas por um longo período. Nas salas desse prédio pude ler algumas delas e saber um pouco mais sobre o que se passava naquelas mentes geniais num espaço que até pouco tempo atrás era privado. Fiquei admirada e muito, mas muito interessada naquela história. Queria entendê-la melhor.

Hoje, oito anos depois, tenho a chance de fazê-lo: a vontade surgida naquela Marina de 23 anos vai se tornar uma dissertação de mestrado sobre José, Jorge, suas cartas, suas obras, suas vidas e a eminência do primeiro Nobel de Literatura para a nossa Língua Portuguesa — nas palavras de Olavo Bilac, a última flor do Lácio, inculta e bela.

Há 100 anos nascia o português de Lanzarote que hoje descansa debaixo dessa Oliveira em frente ao Tejo. José se despediu deste mundo em 2010, mas como dito em seu epitáfio, “não subiu para as estrelas se à terra pertencia”.

Viva Saramago!

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